quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Veneno de Valkíria

Afinal a quantos passos estamos do paraíso?
Rodeando sempre os mesmos lugares, tentando achar uma chave para essa estrada sem destino.
Se virando, buscando um caminho onde algo faça sentido nesse caos de desordem sem nexo em que vivemos, dia após dia, até o fim de nossas vidas...
Álvares de Azevedo acreditava que o verdadeiro amor era puro e intocável. Já Cazuza pregava que se não fosse exagerado e sem limites não era amor. Eu ainda prefiro acreditar em Caio Fernando Abreu que dizia que precisamos da ilusão do amor para acreditarmos que não estamos sozinhos nesse mundo tão repleto de incertezas.
Na verdade, todos nós estamos certos, afinal a verdade nada mais é do que aquilo que acreditamos ser.
Filósofos, boêmios, trabalhadores, desordeiros...quem está certo? Somos todos conjunto da mesma obra, cada um com o seu papel, más com o mesmo grau de importância nas versões da vida.
Amigos que se vão, amores que não se esquece, escolhas que são pra sempre. Memórias!
Nada mais do que memórias, que, com o passar do tempo se transformam em sabedoria para fazermos nossas proximas escolhas e consequentemente diminuir nossa margem de erro em futuras situações.
Más chega de falar de erros! Afinal a vida sempre nos oferece algo para pesar em contraponto as nossas tristezas.
Para mulheres realização significa segurança, relacionamento estável, vida regrada e cheia de planos pro futuro(salvo algumas exceções).
Já homens não se sentem completos se não atingir seu status profissional desejado. Acreditam ainda, que com isso estará demonstrando a sua amada o quanto ele se esforça para faze-la bem.
Na verdade, nós homens somos inseguros e talves até insensatos e manipúlaveis devido a nossa tamanha insegurança.
Acho que deveríamos parar de tentar entender nossas mulheres entre um gole e outro; e simplesmente faze-las feliz. Até porque somos apenas um quebra cabeças sem encaixe enquanto estamos longe de quem realmente nos é importante.
Por fim, não procure achar respostas onde há perguntas sobre o amor, até porque exagerado ou intocável, ilusório ou real ainda sim continuará incerto...

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

13/04/2009

Te encontrar foi mais do que me perder, foi ter a certeza de que todas as pessoas mudam.
Mudamos, aliás tudo mudou e o tempo parou quando sentamos e rimos das vezes em que nos divertíamos simplesmente por estar ali ouvindo uma piada nem tão engraçada assim.
Dizem que homem não chora e que mulheres de hoje não querem romantismo, mas quer saber?
Não ligo a mínima para o que os outros dizem ou o que pensam, pois sei que por mais piegas que pareça; rosas, chocolate e algumas surpresas inusitadas ainda fazem diferença.
Talvez a vida não teria graça se soubéssemos o que iria acontecer, me arrisquei, abri mão de muitas coisas para estar aqui. E faria tudo de novo se fosse possível, pois viver sem tentar não é viver, é apenas existir.
Tenho certeza de que teríamos problemas, brigas e além de tudo a distância de dois mundos tão diferentes como eu e você, más ainda sim seríamos felizes, talvez não, mas enquanto isso não acontece continuaremos ser o que sempre fomos: hipóteses...
Se um dia eu deixar de te ligar, não é porque eu tentei te esquecer.
Simplesmente abri um espaço para você sentir minha falta...
Ontem me defrontei com uma velha questão:
Como conquistar uma mulher que não gosta de romantismo?
E depois de alguns segundos de silêncio me veio um espasmo de criatividade em que eu percebi que por mais anti clichê ela seja, sua maior necessidade em um relacionamento é segurança.
E por mais completa que ela seja, ainda lhe falta algo.
Seja o que lhe falta!
Seja simplesmente a pessoa que, com apenas um olhar a faça sorrir.
Não, isso não é uma receita para ser um pegador de menininhas desavisadas, pelo contrário, é um desabafo de mais um boêmio apaixonado que se viu diante dessa circunstância noite passada e percebeu que por mais que ele tente, nem em mil anos vai encontrar algo mais perfeito que a inocência no sorriso de sua amada.
Sim! Eu sou um exagerado por natureza, mas o que seria o amor se não um sentimento absurdamente piegas e sem limites para ser brega o suficiente para dizer eu te amo...