sábado, 10 de dezembro de 2011

Cidadão ausente

Desprezando a vaidade, me ausento da cor, do tom e do toque que nos diferem uns dos outros.
Somos seres em série, buscando uma identidade.Tentando excluir os anexos que nos foram impostos
quando ainda nem sabíamos o que era vida.
E pra que?
Lutar para ser um rosto em meio a multidão, enquanto toma as mesmas atitudes do seus semelhantes.
A ênfase está em ser notado, em ser exclusivo. Os mais vulneráveis aceitam o que lhe é imposto,
outros (que necessitam um pouco mais de notoriedade) buscam a diferença no estilo, nas vestes,
nos gostos.
Comportamentos paradoxais. Vidas, sentidos, sentimentos e semblantes. Ausência andante,
percorrendo caminhos. Vidas passando,trabalho, estudos, relacionamentos e desiluções.
7 bilhões de seres em série, agindo conforme sua programação social. Agindo na mesmice da insensatez de chegar ao fim da vida e ainda não saber quem você é.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Você pode amar, jurar e tornar público o sentimento mais forte que já correu pelas suas veias. Você pode criar, procriar e se eternizar através de seus herdeiros.
Você pode correr, morrer e reviver em novos corações.
Más,
você pode chorar quando encontrar as minhas cartas perdidas em meio a suas lembranças...
Sempre estou apaixonado. Por deus, por algo,por alguem ou por mim. Não perco meus dias sem viver uma paixão, deixo a escassez de sentimentos pra hora da morte. Pra hora do vago. Pra hora do nicho. Me trato como uma criança tirada da rua que ama a tudo e a todos por um prato de carinho. Por um pouco de exclusividade. Me apaixono, me mato. Te devoro, me calo. Te idolatro e me exalo.
Sertralina te vende um sorriso, porém não muda seu caráter. Pílulas não mudam a índole assim como almas vazias não se preenchem com futilidades. Acendo um cigarro e minhas metas se tornam devaneios, outro cigarro e a noite passa como se não tivesse existido. O dia vem e com ele, a tristeza. Cocaína, sertralina, anfetamina ou cloroquina; sempre acabo voltando paras as doses... Com o bom e velho cigarro entre meus dedos amarelos. Não peço mais do que posso receber, mas na verdade, o que eu mais queria era ter (só por um momento) mais um pouco de voce.
Escritores escrevem estórias, eu descrevo sentimentos. Sou um jornalista sem escrúpulos ou um publicitário sem o dom da mentira, vago entre as ruas cheias e nos vazios dos corações, vago! Como dizia minha mãe: "marginal que anda calado tá tramando alguma coisa." Eu observo, e morro. Todos os dias...
Quando te beijo te amo intensamente, como se o amor fosse acabar amanha. Te amo com todo amor que o próprio amor poderia dar. Amo! Mesmo acabando de te conhecer te entrego meu eu mais profundo, te entrego todo amor do mundo naquele beijo. Intensidade no gesto, na forma, no contato. Não se iluda, provavelmente não irei ligar no dia seguinte, não olharei pra trás com saudadosismo. Porém, naquele beijo fui inteiramente seu na proporçao do meu próprio ser deixar de existir e resistir as feridas que o tempo deixará nas lembranças.
Se iluda todas as manhãs e encontrará um sorriso no espelho ao amanhecer.
Segredos são fragmentos de histórias que não deveriam ter existido
Adoro seu olhar de indiferença, suas atitudes frias e essa vontade de estar bem longe daqui. Adoro seu disfarce, da forma como exala que não dá a mínima pra tudo que está acontecendo ao seu redor. Adoro como prova para o mundo que é melhor do que a maioria dos que tentaram te alcançar. Intrigante, como não consegue suportar a própria existência? E como pedaços do seu presente são jogados ao passado sem o mínimo de remorso? Pessoas, experiências, sentimentos, oportunidades, devaneios... Nada conseguiu ser maior do que sua personalidade, que seus desejos. Provou que sonhos existem pra quem não deseja se manter acordado. E com isso vive. Esperando que o próximo sentimento seja tão efêmero quanto o último.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Cadáveres andantes em meio a multidão de pensamentos. Sentimentos sentidos independente da insensatez humana. E no fim todos nós nos tornamos pós, calando a boca de quem um dia teve voz. Para amanhecermos nesse velho mundo a sós...

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Ame mais do que os músculos do seu corpo possam suportar, ame mais do que suas palavras possam descrever. Ame mais do que um ser humano poderia imaginar, ame mais do que seus limites possam prever. Ame como seu último suspiro ou morra bebendo para que suas angústias não se tornem maiores que suas esperanças...

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

23:26

Não me apaixono por pessoas, me apaixono pelo estereótipo que crio antes de saber quem você é. Conheço-te pela alma, antes de saber suas atitudes. E por mais que pareça irreal, eu sinto quando seu sorriso é verdadeiro.
Sei que por mais difícil que pareça você vai agüentar a barra e seguir em frente, porém máscara alguma suporta o peso da tristeza por muito tempo. Entendo que às vezes o mundo parece tão vazio que por mais que você tente respirar um pouco de esperança, vai acabar num poço de solidão sem precedentes. Más no fim, você se lembrará de mim e como um sopro de alegria na alma vai pensar o quanto poderíamos ter dado certo.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Seguir tendências é tão bom quanto esfregar limão no rosto e tomar sol na praia!
Sou apenas fragmentos de um ser humano que um dia, ao menos, foi feliz...
Tem muita coisa acontecendo debaixo de muitos escombros, porém os milgares de 2 mil anos atrás é que ainda são lembrados, as obras de europeus dos séculos passados que são arte e músicas de hippies americanos que são clássicos. Não! Eu não estou desvalorizando nenhum desses deuses, porém o mundo não parou desde então e só conseguimos olhar pra trás, porque é mais fácil venerar quem já foi do que exaltar os que estão sendo...

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Pra curar a solidão
deixo as luzes acesas para que eu não possa ver o quanto tá escuro no coração.
E como um turista sem GPS me perco nessa metrópole chamada vida.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

No more tears

Caímos em buracos que aparentemente nunca mais vamos sair. O desespero nos toma conta, o medo te domina e as pequenas coisas que são valiosas acabam no esquecimento. Com o passar do tempo acumulamos entulhos em nossos pensamentos e o buraco parece ser cada vez mais fundo. Chega a hora de recomeçar! Fazer tudo diferente, seguir o exemplo da águia que se refugia durante meses para se restaurar. O processo é difícil, até porque seu maior inimigo está dentro da sua cabeça, um conflito desgastante.
Independente do tratamento, descobrimos que a cura está dentro de nós. Quando nos apegamos a fé, enfrentamos os nossos temores e reavaliamos as virtudes. Descobri que é mais complicado do que se pensa, más se estou aqui com forças para tocar no assunto acredito que o problema está cada vez mais raso.
Interessante como os problemas nos parecem distantes quando vemos em um amigo, parente ou conhecido. Por isso somos pegos de surpresa e quando menos esperamos estamos refugiados no porão de nossas almas! Aí vem a saudade de pessoas marcantes, porém algumas delas já se foram para sempre e não temos como recuperar o tempo que se passou. E aquele sentimento que está tão intenso dentro de você ganha voz. A cura está chegando. Sim, quando optamos por não sermos mais reféns das nossas lembranças percebemos que é a hora da batalha, uma batalha em que se mata um pouco de você, que se crava uma tumba em pensamentos medíocres e que se descobre que o desespero está chegando ao fim...

Feridas

As vezes é estranho como a vida se torna um paradoxo. Algumas épocas em que a tempestade se vai e um novo sol abre em nossas vidas, porém a tristeza que nos assombra nos dias nebulosos permanece.Como o poder da mente é inesgotável, ele que determina nossa saúde, nosso estado de espírito e nossas atitudes. Quando a revolta nos toma conta ou quando estamos apaixonados. Enfim, tudo se determina pela nossa mente, E aí que o perigo nasce! Nos deparamos com dilemas mais difíceis de se resolver, entramos em confronto com nós mesmos e nessa guerra, o vencedor mata um pouco de si: um pouco de crenças, um pouco de medos, um pouco de vida!

Felicidade corrompe

Por um momento eu tentei fugir das minhas origens de pensamento e me tornar um ser humano normal. Tentei construir uma família, fazer carreira executiva e sorrir em fotos de fim de ano.
Tentei concordar com o capitalismo, acreditar na igreja e abrir mão dos meus valores.
Tentei motivar pessoas, estabelecer conceitos, profissionalizar o próximo.
Tentei alienar-me um pouco, assistir TV, fazer happy hour, me vestir bem e saber quem matou Odete Roitman. Tentei não ser egoísta, não ter nojo de ratos e me comover com mais um homicídio nesta velha cidade.
Tentei estudar mais, ver filmes Cult e gostar da cultura pop.
Tentei não ser eu mesmo, acreditando que poderia ser feliz, por um momento...