quarta-feira, 15 de junho de 2011

No more tears

Caímos em buracos que aparentemente nunca mais vamos sair. O desespero nos toma conta, o medo te domina e as pequenas coisas que são valiosas acabam no esquecimento. Com o passar do tempo acumulamos entulhos em nossos pensamentos e o buraco parece ser cada vez mais fundo. Chega a hora de recomeçar! Fazer tudo diferente, seguir o exemplo da águia que se refugia durante meses para se restaurar. O processo é difícil, até porque seu maior inimigo está dentro da sua cabeça, um conflito desgastante.
Independente do tratamento, descobrimos que a cura está dentro de nós. Quando nos apegamos a fé, enfrentamos os nossos temores e reavaliamos as virtudes. Descobri que é mais complicado do que se pensa, más se estou aqui com forças para tocar no assunto acredito que o problema está cada vez mais raso.
Interessante como os problemas nos parecem distantes quando vemos em um amigo, parente ou conhecido. Por isso somos pegos de surpresa e quando menos esperamos estamos refugiados no porão de nossas almas! Aí vem a saudade de pessoas marcantes, porém algumas delas já se foram para sempre e não temos como recuperar o tempo que se passou. E aquele sentimento que está tão intenso dentro de você ganha voz. A cura está chegando. Sim, quando optamos por não sermos mais reféns das nossas lembranças percebemos que é a hora da batalha, uma batalha em que se mata um pouco de você, que se crava uma tumba em pensamentos medíocres e que se descobre que o desespero está chegando ao fim...

Feridas

As vezes é estranho como a vida se torna um paradoxo. Algumas épocas em que a tempestade se vai e um novo sol abre em nossas vidas, porém a tristeza que nos assombra nos dias nebulosos permanece.Como o poder da mente é inesgotável, ele que determina nossa saúde, nosso estado de espírito e nossas atitudes. Quando a revolta nos toma conta ou quando estamos apaixonados. Enfim, tudo se determina pela nossa mente, E aí que o perigo nasce! Nos deparamos com dilemas mais difíceis de se resolver, entramos em confronto com nós mesmos e nessa guerra, o vencedor mata um pouco de si: um pouco de crenças, um pouco de medos, um pouco de vida!

Felicidade corrompe

Por um momento eu tentei fugir das minhas origens de pensamento e me tornar um ser humano normal. Tentei construir uma família, fazer carreira executiva e sorrir em fotos de fim de ano.
Tentei concordar com o capitalismo, acreditar na igreja e abrir mão dos meus valores.
Tentei motivar pessoas, estabelecer conceitos, profissionalizar o próximo.
Tentei alienar-me um pouco, assistir TV, fazer happy hour, me vestir bem e saber quem matou Odete Roitman. Tentei não ser egoísta, não ter nojo de ratos e me comover com mais um homicídio nesta velha cidade.
Tentei estudar mais, ver filmes Cult e gostar da cultura pop.
Tentei não ser eu mesmo, acreditando que poderia ser feliz, por um momento...