Eu sou um romântico à moda antiga
a mão e o afago que um dia te ofereci
eu sou um medroso, um covarde
que fecha os olhos sem saber pra onde ir
sem saber onde chegar.
no relento, nas calçadas
bebo mais um dose pra esquecer,
pra não morrer.
Eu sou o sarcasmo em pessoa
eu sou um anjo, um demônio que te trouxe aqui
que viveu assim
andando nas ruas, sem rumo
que se mata em cada dose,
e em cada copo uma vontade
de sumir daqui.
procurando no espelho do banheiro, de algum putero
um motivo pra recomeçar, uma lembrança pra recordar
da sua cara lavada, escarrando o afago que um dia eu te dei
sem razoes ou explicações
Pra compreender o que a vida pede
e o querer de se dar mais uma vez,
sem saber o que acontece
fecho os olhos pra não sofrer.
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